Título: Sagazan, essa meleca aí é o barro ou a bosta?
Publicado em: Farofa Crítica, maio de 2025
Um exercício crítico, mas também poético-filosófico, que parte da experiência de ter sido espectador da peça-performance "Transfiguration" de Olivier de Sagazan e de inquietações relativas à presença da politicidade em obras performáticas e experimentais. Um artista de boas intenções diminui a força das monstruosidades que ele cria justamente por atribuir a elas uma significação política (ainda que rica de plasticidade)? O problema talvez não se limite ao autointitulado "teatro político": a politicidade pode invadir outros formatos sob a justificativa do engajamento, mas com o efeito de "nada perturbar".
Título: O acontecimento além do formato e o acontecimento como formato
Publicado em: Revista Quarta Parede - dossiê #20 Territórios em Trânsito, dezembro de 2024
Algo verdadeiramente nos acontece? Quais são os modos de fazer acontecer? Qual o papel da compreensão de nossos acontecimentos e qual a sua relação no que diz respeito à potencialização deles? O acontecimento é banal ou extraordinário? Perguntas como essas fomentam a vontade do presente texto. Além das articulações filosóficas e das referências teórico-artísticas, estão presentes relatos da experiência do pesquisador e trechos de uma entrevista com a artista Pedro Galiza.
Título: Não nascemos ainda: corpos de carne e corpos sem órgãos
Publicado em: Artes cênicas na Amazônia: saberes tradicionais, fazeres contemporâneos: Anais do XII Congresso da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas, dezembro de 2024
Um texto de análise teórica que serve como introdução ao pensamento de corpo e elaborações filosóficas sobre ele a partir de Antonin Artaud (a quem somam Gilles Deleuze e Félix Guattari) e Hijikata Tatsumi, coreógrafo japonês do pós-guerra. A ênfase do texto é o modo como o acontecimento de corpo parece operar em cada caso, e tem destaque para o que os diferentes autores colocam como "esvaziamento do corpo".
Título: Qualquer coisa que nos faça sei lá o quê
Publicado em: Revista Farofa Crítica - dossiê direção teatral [volume 3], junho de 2023
"O jovem encenador escreve [...] sobre suas elaborações conceituais e pesquisas sobre a dissolução do eu e sobre o corpo sem órgãos – esta última, ideia do dramaturgo, ator e diretor francês Antonin Artaud; para pensar a direção de seus trabalhos com os grupos a quem associa suas criações. Os pensamentos e práticas de Veiga apontam para uma cena híbrida entre o teatro, a dança e a performance; além de enfatizar olhares subversivos sobre as identidades e os processos de identificação." (Heloísa Sousa no Editorial da Revista Farofa Crítica v.3)
Título: O corpo dissolvido
Publicado em: Revista LORCA [4ª edição], fevereiro de 2022
Uma reflexão escrita a partir das experiências que tive com a "Dissolução festiva: geração z", do Teatro da Matilha. A ênfase deste texto é a ocupação do corpo durante o trabalho, assim como as diversas maneiras com que nos propomos ao ato de edificar e dissolver tudo que está por ali. O texto é seccionado em três partes, são elas: Desproposito - o corpo que está em performance; Foda-se eu - a dramaturgia-argumento; Dissolução festiva: ela própria - uma proposta de encenação.